E quando o tempo não passa
e os relógios não andam
A ânsia fervilha
numa frágil tacinha
O tempo não anda
Não pára de não andar
Não avança
Não se cansa
Alguém o faça mudar!
Parados
todos estamos
e cansados
do tempo duvidamos
Tamborilamos
Assobiamos e gritamos
Pois cansados estamos
do tempo esperar
Estamos acorrentados
a este lugar
Por favor
alguém convença o tempo a andar!
Já de unhas roídas
(e boca arreganhada
que não tarda a espumar!)
É raiva sintética
fruto do tempo parar.
E em delírios meio apagados,
estamos conscientes,
mas sonhados.
Fatigados.
Sabemos que nem um tudo nada mudou.
Só que a nossa vela ainda não se apagou.
Para a minha Família.
Saskia. x
sexta-feira, dezembro 7
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